Ora são os pássaros
que querem me despir.
Ora dispo-me sem sentir,
e sinto as plumas de suas asas
tocando a pele de meus seios,
enrijecidos,
com pretenções de voar.
E voam alheios
para alheias mãos.
Ora sou eu o pássaro
que alheio de si
se refugia em seio alheio.
(Simone Ogliari)
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